Ilustração de classificação de risco

Quando vamos aos hospitais por estarmos com algum sintoma de doença, ao chegarmos na recepção, nos entregam uma pulseira ou algum tipo de identificação com cores. Isso nada mais é do que a classificação de risco. Esse é um método utilizado para elencar qual a prioridade de atendimento dos pacientes, a partir do que eles relatam que estão sentindo.

Mas você sabe exatamente para que serve essa classificação? A Unimake te traz algumas informações sobre como funciona e como podemos automatizar esse sistema, tornando mais prático o método utilizado pelas instituições da saúde.

O que é e como funciona a classificação de risco?

Como mencionamos, a classificação de risco funciona como uma forma de fazer uma avaliação inicial do paciente e determinar se é necessário um atendimento mais urgente. Com esse método, é possível saber o nível de gravidade da situação da pessoa, o potencial que seu estado físico oferece risco para sua vida, grau de sofrimento e muitas outras bases.

Imagem de capa sobre como funciona a classificação de risco

O funcionamento desse método baseia-se em:

  1. Triagem: o paciente é atendido por um enfermeiro para relatar seus sintomas;
  2. Avaliação inicial: ainda com o profissional da saúde, são aferidos os sintomas vitais, pressão arterial, etc;
  3. Separação por urgência: o profissional, baseando-se nos dados coletados e na observação do paciente, seleciona qual a prioridade de seu atendimento e o dá uma pulseira da cor correspondente.

Aqui no Brasil, nós fazemos a utilização do Protocolo de Manchester, que faz o uso de cinco cores para poder identificar o grau de sofrimento do paciente. Mais abaixo mostraremos como funciona esse sistema e alguns outros usados ao redor do mundo.

Leia também: Big Data e Inteligência Analítica: qual a importância?

Tipos de classificação de risco

Além desse tipo de classificação de risco citado acima, o Protocolo de Manchester, existem muitos outros tipos que estão presentes em alguns hospitais. Abaixo você pode conferir um pouco mais sobre eles e quais seus métodos de classificação:

Imagem de capa sobre como tipos de classificação de risco

ESI (Emergency Severity Index)

ESI, ou em português, Índice da Gravidade de Emergência, é muito utilizado nos Estados Unidos desde 1999. Essa classificação de risco tem por objetivo indicar a urgência dos casos de acordo com um fluxograma que não especifica o tempo de espera.

As categorias desse sistema são as seguintes:

  • Emergência;
  • Urgência;
  • Sintomas de doenças com possível risco aos órgãos, sistemas e aquelas consideradas agudas;
  • Queixas crônicas menos graves;
  • Pacientes estáveis.

CTAS (Canadian Triage and Acuity Scale)

Essa classificação de risco foi descrita pela primeira vez na década de 90. A Escala Canadense de Triagem e Acuidade ou "Protocolo Canadense", tem por objetivo um tempo-alvo e também faz a utilização de cores para seu nivelamento, mas um pouco diferente do que utilizamos aqui no Brasil.

A sua classificação é usada da seguinte maneira:

  1. Azul: reanimação imediata;
  2. Vermelho: emergente (tempo de espera de 15 minutos);
  3. Amarelo: urgente (tempo de espera de 30 minutos);
  4. Verde: menos urgente (tempo de espera de 60 minutos);
  5. Branco: não urgente (tempo de espera de 120 minutos).

ATS (Australasian Triage Scale)

A Escala de Triagem Australiana, como é chamada em português, é uma classificação de risco que tem como base o tempo máximo para os atendimentos e que também faz a utilização de cores. Esse protocolo foi criado na Austrália em meados de 1970. No ano de 1990, a Faculdade de Medicina da Austrália adotou como sistema oficial de triagem.

Para essa classificação, alguns fatores são determinantes no momento da avaliação dos enfermeiros, que vai desde sintomas a parâmetros comportamentais e clínicos. As categorias são:

  • Categoria 1: paciente corre risco de vida e deve ter atendimento imediato;
  • Categoria 2: é iminente o risco de vida do paciente e deve ser atendido em até 10 min;
  • Categoria 3: existe uma possibilidade de ameaça à vida, atendimento pode esperar até 30min;
  • Categoria 4: casos podem ser sérios, tempo máximo para atendimento até 60 minutos;
  • Categoria 5: Pacientes não-urgentes.

Protocolo de Manchester

Por último, temos a classificação de risco utilizada no Brasil desde 2008. Esse protocolo nasceu no Reino Unido em 1906, e seu objetivo é separar rapidamente os pacientes com altos riscos de morte dos demais pacientes considerados estáveis. Aqui, a dor é um fator importante para poder fazer a classificação.

Atualmente, esse protocolo é a principal classificação de risco utilizada, em que o GBCR — Grupo Brasileiro de Classificação de Risco — é o único órgão autorizado a fazer certificações de profissionais para a prática do protocolo.

Nesse sistema, como mencionamos no início do post, o sistema se dispõe de 5 categorias, organizadas por cores, números, nome e tempo de atendimento.

  1. Emergente (Vermelho): atendimento imediato;
  2. Muito urgente (Laranja): atendimento em 10 minutos no máximo;
  3. Urgente (Amarelo): atendimento em 60 minutos no máximo;
  4. Pouco urgente (Verde): atendimento em 120 minutos no máximo;
  5. Exames de rotina ou consultas (Azul): atendimento em até 240 minutos.

As classificações de risco são importantes para o atendimento hospitalar?

As classificações de risco são essenciais para o atendimento hospitalar. Esse tipo de protocolo foi criado justamente para evitar que os pacientes mais graves tivessem que esperar mais tempo do que aqueles com sintomas leves. Além disso, é uma maneira de evitar que haja o agravamento do quadro de saúde do paciente e até mesmo evitar que o mesmo faleça durante a espera do atendimento.

Imagem de capa sobre as classificações de risco para o atendimento hospitalar

Outro detalhe importante sobre a classificação de risco, é que ela foi criada para evitar a criação de filas enormes de espera e com isso impedir que tenha congestionamento de pacientes. E também que as pessoas podem ter uma noção de quanto tempo ela levará para ser atendida.

Para esses protocolos, é ideal que os profissionais da área da saúde que ficam responsáveis pelas triagens, estejam sempre atentos ao grau de sofrimento do paciente, tanto físico quanto psíquico. É comum que muitos pacientes não mostrem sintomas físicos, mas a sua angústia é gigante, o que requer que ele seja atendido o mais rápido possível.

De que forma podemos automatizar essas classificações?

Sabemos como a classificação de risco é importante e que é, sim, preciso investimento nesse processo para que ele ocorra da melhor forma. Por isso, fazer o uso da tecnologia pode garantir que haja uma facilidade durante a classificação de atendimento.

Os chamados sistemas de gestão podem ser úteis para os hospitais, auxiliando no processo de automatização dos processos. Dessa forma o atendimento seria mais ágil e organizado uma vez que:

  • eles permitem que as informações sobre quantidade de pacientes em cada uma das situações;
  • facilita a compreensão da quantidade de profissionais que serão necessários para os atendimentos;
  • evita desencontro de informações sobre o quadro clínico de cada paciente;
  • ajuda a equipe de atendimento entender como alocar os pacientes nas alas, considerando quantos outros pacientes categoria já estão por ali;
  • permite a metrificação de épocas com mais atendimentos de um tipo ou de outro;
  • e muito mais.

Essa melhora na distribuição de informações pode salvar vidas, evitar sequelas maiores a algum paciente e melhora o dia a dia da equipe que está atuando.

Então vimos o que são exatamente as classificações de risco e como elas podem auxiliar durante o processo de protocolar o nível de prioridade do atendimento do paciente. Ainda que seja um método assertivo, há espaço para investimento, principalmente para trazer a tecnologia ao dia a dia dos profissionais da saúde.

E se você gostou deste tipo de conteúdo, não esqueça de olhar nossos outros artigos repletos de informações aqui no blog. Nos vemos no próximo post!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima